quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A perfeição de Deus



















No meu trabalho, sou muito próxima de crianças entre 10 e 14 anos, que elas não me escutem, pois não gostam de ser chamadas por “crianças”, mas sabemos que são cuidadas assim pelas leis... Então costumo dizer que trabalho com pré-adolescentes...

Na verdade, isso aqui não muda a minha reflexão, não é relevante. O que me fez escrever hoje foi a saudade deles... Cada rostinho veio à minha lembrança como um filme rápido e, acreditem, todos tinham um sorriso largo para mim!

O sorriso dos gêmeos é diferente, um chega quieto, com um sorriso discreto, o outro, numa corrida, me cumprimenta e já some da minha vista. Um é tímido, romântico, o outro tem rodinhas nos pés e uma resposta afiada na ponta da língua.

E as meninas, tão vaidosas, com seus cabelos arrumados e um brilho nos lábios, dando-me beijinhos molhados. Uma, pacientemente, espera a sua vez para me beijar, outra vai empurrando e reclamando que estão demorando muito.

Já os mais velhos, os de 14, entram conversando, envolvidos em assuntos que começaram pouco antes, esquecem-se do “bom dia” e do sorriso que ficou lá atrás, quando ainda eram “crianças”. Mas depois, quando lembram, falam de longe um “bom dia” gritado e com um sorriso malandro.

Assim, cada lembrança invade os meus pensamentos, sinto saudade do carinho e até das brigas, “briguinhas”, nada muito sério, de cada um que passou por mim.

É aí, que começo a admirar ainda mais o Criador. Lembrar de cada rosto, de cada jeitinho de ser, de cada olhar e de cada voz... Todos têm a sua marca, a sua personalidade e os seus traços únicos. Até os gêmeos...

Que perfeição! Cada pessoa pensada, criada, antes mesmo de existir, antes mesmo de se formar os ossos no ventre da mãe... Isso é lindo, admirável, é como uma tela única, que vale milhões, mas não tem preço.

Refletindo, comecei o meu dia, com cada beijo, cada bom dia, e Deus se revelando em cada detalhe...


Chris Amag
11h
07-01-10