sábado, 24 de julho de 2010

Dia do Escritor

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Divulgação
Monteiro Lobato será um dos homenageados na Bienal de São Paulo
Brasil comemora Dia do Escritor neste domingo
Tatiana Cavalcanti
Da Redação

Neste domingo é celebrado o Dia do Escritor no Brasil. Em homenagem aos autores brasileiros, a 21ª Bienal do Livro de São Paulo, que ocorre de 12 a 22 de agosto no Anhembi, das 10h às 22h, é dedicada a duas das maiores expressões do País, Clarice Lispector e Monteiro Lobato. Além dos escritores, o Livro Digital e a Lusofonia também recebe homenagens.

A data surgiu em 1960, por meio de João Peregrino Júnior e Jorge Amado quando realizaram, num shopping center de Copacabana, no Rio de Janeiro, o 1º Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira dos Escritores. A data do evento, 25 de julho, acabaria sendo consagrada, por decreto governamental, como “Dia do Escritor”. Jorge Amado ciceroneou o casal Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir em sua estada no Brasil.

GUARULHOS
A segunda maior metrópole do Estado de São Paulo ganhou sua primeira “Bienal do Livro” este ano. O 1º Salão do Livro de Guarulhos aconteceu em maio e atraiu mais de 200 mil pessoas em dez dias de feiras, nos moldes do evento paulistano. Para o poeta Bosco Maciel, “o Dia do Escritor é todo dia, e o seu papel é melhorar a sociedade”.

Saiba mais sobre os escritores homenageados na Bienal deste ano

Monteiro Lobato

Na sua maior parte, a obra de Monteiro Lobato é o resultado da reunião de textos escritos para jornais ou revistas. Comprometido com as grandes causas de seu tempo, o criador do Jeca Tatu engajou-se em campanhas por saúde, defesa do meio-ambiente, reforma agrária e petróleo, entre outros temas que continuam atuais. Ele arrebatava o público com artigos instigantes, que hoje, vistos de longe, constituem um precioso retrato de época, um painel socioeconômico, político e cultural do período. Dono de estilo conciso e vigoroso, com forte dose de ironia, utilizava uma linguagem clara e objetiva, compreensível ao grande público. Lobato revelou o mundo rural, então ignorado pelos escritores de gabinete que ele tanto criticava. “A nossa literatura é fabricada nas cidades”, dizia, “por sujeitos que não penetram nos campos de medo dos carrapatos”.

José Bento Renato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882 e foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século 20.

Ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo, bem como divertido, de sua obra de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. Sua obra mais famosa é a turma do Sítio do Pica Pau Amarelo, com personagens como Narizinho e Visconde de Sabugosa.

Clarice Linspector

Clarice Linspector nasce em Tchetchelnik, na Ucrânia, no dia 10 de dezembro, tendo recebido o nome de Haia Lispector, terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Seu nascimento ocorre durante a viagem de emigração da família em direção à América. A família chegou a Maceió em março de 1922. Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade do Recife, onde passou parte da infância. Falava vários idiomas, entre eles o francês e inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno, o iídiche.

Foi hospitalizada pouco tempo depois da publicação do romance “A Hora da Estrela” com câncer inoperável no ovário, diagnóstico desconhecido por ela. Ela morreu no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes de seu 57° aniversário. Foi inumada no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro.

Além de escrever, Clarice verteu para o português, em 1976, o livro “Entrevista com o Vampiro”, da autora estadunidense Anne Rice. Em artigo publicado no jornal The New York Times, em 2005, a escritora foi descrita como o equivalente de Kafka na literatura latino-americana. A afirmação foi feita por Gregory Rabassa, tradutor para a língua inglêsa de autores como Jorge Amado e Gabriel García Márquez.

SERVIÇO

21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo – Onde: Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo (Av. Olavo Fontoura, 1.209, Anhembi Parque, SP). Quando: de 12 a 22 de agosto. Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Os idosos não pagam ingresso apresentando carteira de identidade para comprovação. Menores de 12 anos não pagam.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Homenagem a Saramago!

Saramago: a palavra com-paixão
07-Jul-2010 
2572_maisgrande_gde.jpg Autor: Jorge Miguel Marinho
 
“A vida é breve, mas cabe nela muito
mais do que somos capazes de viver.”
José Saramago

Se não me tocassem tão fundo “coisas” mais sensivelmente humanas na vida e na obra de Saramago - estas duas porções irmãs que nele nunca se separaram -, eu poderia iniciar esta breve homenagem dizendo que ele foi o único escritor em língua portuguesa premiado com o Nobel de Literatura. 

Não o faço e nem Saramago faz tanta questão dessa minha menção ao título por ele tão merecidamente recebido. 

De José Saramago - nascido na pequena aldeia portuguesa de Azinhaga em l6 de novembro de 1922 e provisoriamente morto na ilha espanhola de Lanzarote em l8 de junho de 2010 - prefiro e sou plenamente motivado por ele a falar da sua expressividade maior: a palavra “com-paixão”. 

E a palavra compaixão é utilizada aqui no sentido etimológico de comunhão de sentimentos, com especial empatia desse nosso letrado irmão português pelos desvalidos, pelos operários, pelos povos nativos, pelas crianças, pelo povo palestino, pelas mulheres oprimidas, pelos animais, num obstinado trabalho político e literário pela paz e por todos os segmentos sociais injustiçados e exilados do seu próprio “direito de ser”. Diz Saramago como palavra de lei:
“Os deveres humanos são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo, pois cada um de nós é responsável por todos.” 

Esta marca ideológica da sua obra, em que ateísmo e marxismo se mesclam de um apelo algo “religioso” pelo intenso sentimento de compaixão, está presente desde o seu primeiro romance, Terra do pecado, até a sua última narrativa, Caim, sempre em clima de polêmica que provoca nos leitores uma legião de admiradores e não poucos olhos de recusa e até de rejeição, provando que “literatura de verdade” é sempre universo de inquietações. 

Como declara comovidamente o cineasta Fernando Meirelles, “o mundo ficou ainda mais cego” sem Saramago.
Eu prefiro dizer que, escrita com paixão, a literatura de Saramago é palavra que “salva” porque extrai do seu lúcido e criativo “inventário sobre a cegueira humana” uma eterna promessa de luz. 

E o que se pode desejar mais de um escritor que, se confessando ateu, abre mão de qualquer sentido de transcendência e elege, como única matéria prima de toda sua obra, “o homem aqui e agora”, para extrair de um ceticismo lúcido ou de um pessimismo crítico, sob o signo da palavra amorosamente trabalhada, vozes que ainda clamam pelo sentido humano de cada um de nós, motivando e iluminando os seus leitores com “a melhor palavra de Deus”. 

Animação A maior flor do mundo, baseada em uma história para crianças do escritor.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sala de Leitura

Queridos seguidores e alunos

Neste ano, realizei um sonho antigo que é trabalhar na Sala de Leitura. Um projeto que exigiu de mim deixar a escola onde trabalhava e que gostava muito.

Encontrei alunos carinhosos e um ambiente agradável.

Agradeço a Deus pela oportunidade, pois Ele está na direção de tudo e se estou agora neste novo ofício é porque é o propósito dEle.

Aguardem novidades desse meu novo trabalho!

Beijos
Chris